CAPES cria comitê permanente para equidade de gênero
O documento ressalta necessidade de ações de sensibilização e capacitação de colaboradores, servidores e dirigentes
A CAPES, agência responsável pela avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, criou um Comitê Permanente de Ações Estratégicas e Políticas para Equidade de Gênero. A iniciativa, anunciada por meio da Portaria 215, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (12/07), tem o objetivo de implementar políticas para aumentar a participação de mulheres em postos estratégicos da pós-graduação.
O novo comitê será responsável por sugerir ações e ferramentas que visem ajustar indicadores, plataformas, sistemas de tecnologia da informação, editais e processos internos da CAPES, de modo a ampliar a equidade de gênero, considerando também as interseccionalidades. Além disso, o grupo deverá propor políticas, iniciativas e ações estratégicas para elevar a representatividade feminina no meio acadêmico, levando em conta políticas de apoio à maternidade e combate a práticas como assédio e capacitismo.
Segundo a Portaria CAPES Nº 215, as iniciativas de promoção da equidade de gênero valem tanto para a representatividade no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), quanto para os comitês e coordenações de áreas de avaliação, além do Conselho Superior da Fundação. O documento ressalta ainda a necessidade de propor ações de sensibilização e capacitação dos colaboradores, servidores e dirigentes da Fundação.
O Comitê Permanente será composto por representantes da própria CAPES, dos conselhos técnico-científicos da Educação Superior e Básica, e de entidades da sociedade civil, como a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa (Foprop), o Movimento Parent in Science, a Rede Brasileira de Mulheres Cientistas e a Women in Tech Brasil.