CAPES promove capacitação para gestores e técnicos da DRI
Curso conduzido pela professora Luciane Stallivieri, provoca reflexões e amplia a visão estratégica da equipe envolvida
Entre os dias 3 e 6 de dezembro de 2024, a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da CAPES promoveu uma capacitação dedicada a discutir e aprofundar os conceitos e práticas da internacionalização da pós-graduação. O evento, ocorreu na sede da CAPES, em Brasília, e teve como público-alvo técnicos e gestores da DRI, incluindo servidores e colaboradores das coordenações-gerais.
O curso se mostrou um divisor de águas para os profissionais envolvidos. Com um extenso currículo acadêmico e experiência prática em internacionalização, a renomada professora, Luciane Stallivieri, trouxe à tona reflexões profundas sobre o papel da CAPES e dos profissionais no fortalecimento do ecossistema educacional brasileiro no cenário global, assim como uma compreensão mais aprofundada dos processos e desafios da internacionalização no contexto da educação superior.
Stallivieri enfatizou que internacionalizar não é apenas viabilizar bolsas ou promover mobilidade acadêmica. Segundo a professora, trata-se de uma mudança de paradigma. “Internacionalização é uma transformação do indivíduo, que se torna mais solidário, resiliente e empático”, explicou. Ela destacou ainda que, em um mundo hiperconectado, as competências globais exigidas pelo mercado de trabalho só podem ser adquiridas por meio de experiências que promovam a interação multicultural, sejam elas presenciais ou em formato de internacionalização “em casa”.
A Coordenadora-geral de Programas Institucionais e Bolsas Internacionais (CGPIB/DRI), Vanessa Fernandes de Araújo Vargas, destacou que a capacitação, inicialmente planejada como um espaço para fortalecer o embasamento conceitual da equipe, acabou promovendo uma profunda reflexão sobre o propósito do trabalho realizado na CAPES. Segundo Vanessa, os participantes, acostumados a uma rotina operacional e técnica, foram provocados a questionar o significado de suas ações e a reconhecer a dimensão humana por trás de cada projeto e bolsa.
“Esse olhar mais empático e holístico para o processo, impulsionado pela capacitação, tem sido fundamental para repensar práticas, aumentar a sensibilidade no atendimento e enxergar a complexidade global do trabalho”. Ela celebrou a oportunidade de observar o desenvolvimento da equipe e a troca de aprendizados com Stallivieri.
O programa Move la América foi citado como exemplo de como a CAPES busca democratizar essas experiências, trazendo estudantes estrangeiros ao Brasil e enriquecendo os campi nacionais com diversidade cultural. Os depoimentos dos participantes refletiram como a capacitação tem transformado suas percepções e práticas.
Valéria Carvalho, da Coordenação de Acompanhamento de Bolsas Internacionais (CABI/DRI), destacou o valor reflexivo do curso. "A professora trouxe conceitos e experiências que nos fizeram repensar sobre nosso trabalho diário. Essa pausa para a reflexão tem sido extremamente rica e nos inspira a disseminar essa nova visão para toda a equipe."
Já Graziela Oliveira, da Coordenação de Apoio a Ex-Bolsistas (CAEE/DRI), ressaltou como a capacitação revelou aspectos importantes da estrutura dos programas. "Entender melhor os desafios enfrentados pelos bolsistas nos ajudam a melhorar processos e garantir que os investimentos feitos tragam maior retorno à sociedade brasileira."
Eduardo Temote (CPAD/DRI), está há mais de uma década na CAPES e destacou o impacto humanizador do curso. "Essa capacitação nos fez lembrar que por trás de cada projeto há uma pessoa com sonhos e expectativas. Tem sido uma experiência transformadora para nossa abordagem."
A internacionalização da educação tem ganhado cada vez mais relevância em debates globais, sendo considerada um fator essencial para o aprimoramento das instituições de ensino superior. Ela impulsiona a qualidade das pesquisas, amplia a competitividade das universidades e favorece a troca de conhecimentos entre países. No caso da pós-graduação, essa prática assume uma importância estratégica, pois está diretamente ligada ao avanço da ciência, da tecnologia e da sociedade do conhecimento.