Mulheres e Meninas na Ciência: Desafios, conquistas e a luta por equidade

A data não apenas celebra as conquistas das mulheres no campo científico, mas também busca conscientizar sobre a necessidade de superar as barreiras que ainda impedem a plena participação feminina nessa área

O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência é celebrado em 11 de fevereiro em todo o mundo. Criado em 2015 pela UNESCO e pela ONU Mulheres, em parceria com instituições e organizações da sociedade civil, a data tem como objetivo ampliar a participação de mulheres e meninas no campo científico. Comemorado anualmente, a data busca não apenas reconhecer a importância fundamental das mulheres na ciência, mas também promover a plena igualdade de gênero nessa área, conforme estabelecido na Resolução A/70/212 da ONU. 

Segundo a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, a participação das mulheres e meninas na ciência tem sido fundamental para o avanço do conhecimento em todo o mundo. “Hoje, é essencial promover a igualdade de gênero na ciência, garantir que meninas tenham acesso à educação de qualidade e sejam encorajadas a seguir as diversas áreas científicas. Mulheres brilhantes têm deixado um legado extraordinário, inspirando gerações futuras”, ressalta.

A CAPES tem desempenhado um papel fundamental na capacitação e no desenvolvimento de profissionais, além de financiar a qualificação tanto do corpo social quanto do público externo. Em 2024, a instituição destacou-se com iniciativas voltadas especialmente para o empoderamento das mulheres, oferecendo cursos, bolsas de graduação e pós-graduação, além de programas de aperfeiçoamento para professoras. Foram premiadas 42 mulheres no Prêmio Futuras Cientistas, e outras 15 receberam reconhecimento no Prêmio CAPES Elsevier. 

Entre as homenageadas, destacou-se a participação da servidora da CAPES e integrante da Diretoria de Bolsas no País, Jéssica Esther Machado de Farias, reforçando o compromisso da instituição com a valorização e o incentivo à atuação feminina no cenário acadêmico e científico. Jéssica enfatiza que as mulheres desempenham um papel fundamental na ciência, sendo responsáveis por inovações, descobertas e avanços que moldaram e continuam a transformar o mundo em diversas áreas do conhecimento. Apesar de, historicamente, terem sido marginalizadas e enfrentado inúmeras barreiras de gênero, as mulheres na ciência têm demonstrado uma notável capacidade de superação, contribuindo de forma decisiva para o progresso científico e tecnológico. 

De acordo com Jéssica, ainda há muito a ser feito para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades e reconhecimento que os homens nas ciências. “O preconceito de gênero, a disparidade salarial e a falta de representação feminina em posições de liderança científica continuam sendo desafios significativos que precisam ser superados. Essas barreiras não apenas limitam o potencial individual das mulheres, mas também impedem o avanço científico como um todo, já que a diversidade de perspectivas é essencial para a inovação e o progresso”, afirma.

Algumas mulheres revolucionaram a ciência, como Marie Curie, uma das maiores cientistas de todos os tempos, única pessoa a vencer dois Prêmios Nobel em áreas distintas (Física e Química); Rosalind Franklin, cujas pesquisas foram fundamentais para a descoberta da estrutura do DNA; Ada Lovelace, pioneira da programação de computadores; e Tu Youyou, vencedora do Prêmio Nobel por suas contribuições à descoberta de medicamentos para a malária.  

A importância das mulheres na ciência vai além das conquistas individuais. Sua inclusão e representação nas áreas científicas são passos vitais para a promoção de uma sociedade mais igualitária, justa e inovadora, onde a diversidade de perspectivas impulsiona o progresso coletivo.