Novembro Azul: mês de alerta para a saúde do homem
Cuidar da saúde é um gesto de coragem. Quebre o preconceito, faça os exames e priorize a sua vida
A campanha Novembro Azul acontece todos os anos para conscientizar a população masculina sobre a importância dos cuidados com a saúde e a detecção precoce do câncer de próstata. Este é o segundo tipo de câncer mais comum entre eles no país, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar, no triênio 2023-2025, 71.730 novos casos da doença, o que corresponde a um risco estimado de 67,86 casos para 100 mil homens. Já a média de cirurgias de próstata na rede, entre 2022 e 2024, foi de 200 procedimentos ao ano, sendo 52% laparoscópicas e 48% robóticas.
Nesse mesmo período, São Paulo, Bahia e Minas Gerais foram os estados que mais realizaram cirurgias oncológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com aumentos de 34,20%, 10,35% e 6,51%, respectivamente. Também se destacaram em quimioterapia São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com crescimentos de 24,55%, 19,36% e 16,67%. Em relação à radioterapia, os maiores volumes foram registrados em São Paulo e Minas Gerais, com aumentos de 34,86% e 46,87%.
Segundo o Ministério da Saúde, a idade é um dos principais fatores de risco: aproximadamente 75% dos diagnósticos ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Também pesam na estatística o histórico familiar, a etnia – já que homens negros e aqueles com ascendência africana têm maior probabilidade de desenvolver a doença – e fatores relacionados ao estilo de vida, como sedentarismo, obesidade e alimentação rica em gorduras.
A boa notícia é que, quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de cura e pode ser tratado de forma com eficácia, tornando o diagnóstico precoce uma ferramenta fundamental no combate à doença. A investigação é feita por meio de exame de sangue (PSA) e o toque retal. Com o resultado alterado, o paciente é encaminhado para a realização da biópsia. O diagnóstico e o tratamento estão disponíveis no SUS para toda a população masculina.
A iniciativa da campanha teve origem na Austrália, em 2003, e chegou ao Brasil em 2008.
