Computação em nuvem é debatida em seminário na Capes
A Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) realizou, na tarde desta segunda-feira, 14, o segundo Seminário de Tecnologia da Informação e Inovação. Para tratar do tema Computação em Nuvem, foram convidados Karin Breitman, professora assistente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e Gorgonio Araújo, diretor adjunto de Gestão de Soluções da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, falou sobre a importância dos seminários promovidos pela DTI, por conta do avanço contínuo da área de tecnologia da informação e pela forte inserção do tema em todas as áreas da Capes.
Apresentações
Karin Breitman, ex-bolsista de doutorado da Capes, falou sobre computação em nuvem, telefonia móvel, comercialização e base de dados. Ressaltou o avanço das "telas" na vida das pessoas, desde o cinema, TV, PC e as telas pessoais da atualidade como as de celulares e tablets. Segundo ela, a tendência agora são as telas públicas, que já estão sendo utilizadas em ônibus, aeroportos etc.
Gorgônio Araújo apresentou o projeto Centro Compartilhado de Dados para Educação e Pesquisa Brasileira, ainda em elaboração na RNP e feito a pedido do ministro Aloizio Mercadante, no ano passado, quando ainda ocupava o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação. O projeto pretende levantar toda a demanda do Governo Federal para computação em nuvem para que sejam estabelecidos modelos de governança, serviços e, por fim, a infraestrutura necessária.
Presente no auditório entre os participantes, o diretor de Educação a Distância, João Carlos Teatini, ressaltou o atraso do governo para atender programas em andamento e projetos futuros. De acordo com a informação repassada por Gorgônio Araújo de que o MCTI pretende distribuir 730 mil tablets para os professores, Teatini questionou: "De que adiantará 730 mil tablets sem internet? Nós temos mais de 630 polos do Sistema Universidade Aberta do Brasil espalhados principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, exigimos uma velocidade mínima de 2 megas para a internet, mas grande parte não atende a este mínimo. Precisamos de soluções urgentes para ampliar a banda larga para a rede educacional."
Teatini ainda abordou o novo programa do MEC, Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo). "Hoje temos mais de 70 mil escolas rurais, 95% delas não possuem internet." O representante da RNP disse que as conexões de banda larga realmente não são suficientes, mas que as infraestruturas necessárias estão sendo construídas.
Recursos Humanos
Jorge Guimarães ressaltou que há várias "angústias" nessas e outras áreas. "Mas temos que ter consciência de que o Brasil tem apenas 200 anos e não 500." Também reforçou o que Breitman abordou em sua palestra: a necessidade de formar mais recursos humanos na área de TI, levando em consideração o aspecto multidisciplinar, já que não basta apenas formar pessoas em ciência da computação, mas sim em estatística, matemática, engenharia de rede e outras.
O presidente convidou a professora da PUC para montar junto com a Capes uma proposta de programa induzido para formação de recursos humanos na pós-graduação. "Este será mais um programa para juntar ao outros cerca de 40 projetos induzidos financiados pela Capes."