Fumantes e ex-fumantes têm sintomas muito piores de asma
Artigo publicado na Revista Portuguesa de Pneumologia de outubro de 2008 mostra que embora o percentual de fumantes asmáticos - 8% - comparado aos asmáticos não fumantes - 83% - seja numericamente pequeno, os indivíduos deste grupo, junto com asmáticos ex-fumantes - 9% -, têm os piores quadros clínicos da doença.
Estes dados são relativos à pesquisa realizada por equipe de pneumologistas que investigaram 110 pacientes asmáticos, em consultas seguidas, que foram divididos entre fumantes, não fumantes e ex-fumantes. "Subseqüentemente, baseados numa avaliação clínica e funcional, foram incluídos num de quatro grupos: asma persistente severa (APS), persistente moderada (APM), persistente ligeira (APL) e intermitente", afirmam no texto.
Bárbara Seabra e colegas do departamento de pneumologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, no Porto (Portugal) ainda compararam asmáticos fumantes à população fumante em geral do país que é de 19,2% e da Europa, que gira em torno dos 33%. "A prevalência de hábitos tabágicos nesta amostra populacional foi de 8%, consideravelmente inferior à sua prevalência na população portuguesa (19,2%)" dizem. Entretanto, continuam, "a análise e comparação do grau de severidade de asma e da sua avaliação funcional revelou resultados piores na população de fumadores e ex-fumadores. Estes reforçam o papel da exposição ao tabaco como fator de agravamento da asma e, conseqüentemente, do seu prognóstico".
Os médicos do Porto reivindicam a realização de mais estudos que "podem revelar-se importantes na comprovação dos bem conhecidos riscos dos hábitos tabágicos, contribuindo para alertar a população asmática neste sentido".
Agência Notisa (science journalism - jornalismo científico)