Seminário celebra 58 anos de Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) realizou ontem, 22, a cerimônia em comemoração aos seus 58 anos de existência. O evento foi realizado no novo edifício-sede da Instituição no Setor Bancário Norte, em Brasília. As comemorações se iniciaram na parte da tarde com o seminário "Capes 58 anos".

Estavam presentes na abertura do evento o presidente da Capes, Jorge Guimarães, e todos os diretores da Instituição. O professor Guimarães relembrou as transformações significativas que a Capes realizou nos últimos anos. "Quem diria em 2006, nos 55 anos da Capes, que estaríamos diante de tantas mudanças desde então. Quem pensaria que estaríamos no novo prédio, cercados de novos desafios, como o da educação básica? Quem diria que a menor e mais modesta agência de fomento do país se tornaria quase a maior delas?", afirmou.

As novas atribuições da Capes, em subsidiar o Ministério da Educação na formulação de políticas nacionais para as áreas da educação básica foi destacada pelo professor Guimarães. "Essa trajetória de 58 anos mostra a Capes com uma nova feição. Onde se integram todos os desafios do futuro do país. O presidente destacou os grandes desafios e recompensas que essas novas atribuições trazem a Capes. "A rota brasileira é cheia de desafios, mas felizmente temos muitas características próprias, riquezas como a juventude e o desafio de criar oportunidades para toda essa geração", concluiu.

Tesouros
A primeira palestra do seminário foi ministrada pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco, Antônio Carlos Pavão. O seminário que originalmente possuía o nome de "Educação Básica, Ciência e Desenvolvimento" se transformou na palestra "Fetiches, Elixir e Tesouros da Ciência". Uma divertida exposição sobre como despertar interesse das novas gerações pela ciência.

O professor destacou a importância de se discutir a relevância social e política do desenvolvimento científico. Para o palestrante, a educação deve buscar a popularização da ciência por meio da produção, que se dá coletivamente. "A produção é social e a apropriação é individual. A construção do conhecimento é coletiva", afirma. Segundo o professor, a base da ciência moderna é mostrar. Uma contraposição aos alquimistas, que transmitiam conhecimento apenas aos filhos e discípulos. "A ciência moderna carrega a novidade da socialização do conhecimento. Cientista, professor e divulgador devem ser a mesma pessoa", explica.

O professor Pavão também é membro do Conselho Técnico Científico da Educação Básica.

 

GeoCapes
A segunda palestra foi sobre a nova ferramenta de consulta da Capes, o GeoCapes, apresentada pelo presidente Jorge Guimarães. O aplicativo é uma solução gráfica, que mostra num cartograma informações quantitativas da Capes, mantendo uma precisão geográfica nas unidades espaciais mapeadas. As informações no país estão consolidadas por unidade da Federação e do exterior, agregadas por país.

O assessor de Planejamento e Estudos da Capes, Sérgio Avellar, apresentou as possibilidades do novo sistema. Com o GeoCapes será possível consultar, por exemplo, onde e quantos bolsistas a Capes fomenta no exterior. O nível de detalhamento dos dados do país chega a informações por município. É possível também acessar os números da Universidade Aberta do Brasil. O sistema deve ser lançado ao público externo na próxima segunda-feira.

Premiação
Após o seminário, aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio Capes de Tese com a inauguração oficial do novo prédio da Capes. Confira como foi a premiação.