Campanha Setembro Amarelo apoia a prevenção do suicídio

Especialistas consideram que o diálogo é essencial para a prevenção

Hoje é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, a campanha Setembro Amarelo propõe aproveitar o mês para pensar sobre transtornos mentais ou emocionais, de modo a aumentar a consciência sobre o tema e salvar vidas em risco.

O Ministério da Saúde recomenda conversar sobre o assunto com a pessoa que apresenta comportamentos suicidas. É considerado falso que a pessoa determinada a tirar a própria vida não fale sobre o assunto. Desde a criação da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, em 2019, centros de saúde e de educação devem notificar suspeitas ou confirmações de suicídio ou automutilação. Os ministérios da Saúde, Educação, Cidadania e Mulher, Família e Direitos Humanos formam o comitê gestor da política.


Preocupados com a questão, dois servidores da CAPES publicaram em 2012 um texto sobre cartas deixadas por suicidas. “Na maioria das vezes, amigos e parentes não percebem os indícios ‘revelados’ pelo suicida no decorrer da elaboração da própria morte”, aponta Socorro Lima, autora do texto. Walner Mamede, coautor do ensaio, acredita na mudança de perspectiva para superar o desejo de morrer: “[O sentido da vida] estará ancorado não apenas em nosso mundo interno, mas, sobretudo, na preocupação com o bem-estar daqueles que nos amam e que amamos”, sugere.

Se você tiver pensamentos suicidas ou conhecer alguém nessa situação, consulte gratuitamente o Centro de Valorização da Vida (CVV). O telefone do CVV é 188.

Confira o ensaio Suicídio: angústia, melancolia, solidão e perda do sentido da vida, de Maria do Socorro Lima e Walner Mamede.