Homenagem - Pedro Marcos Roma de Castro
Vida dedicada - Esta semana, a CAPES se despediu de um de seus mais antigos servidores em atividade. Pedro Marcos Roma de Castro tinha 47 anos, e quase metade de sua vida, 23 anos, foram dedicados à Fundação. Querido por todos, fez da CAPES não apenas um espaço de trabalho, mas também de pesquisa e, principalmente, de amigos.
Pedro Roma fez parte da primeira turma de analistas em ciência e tecnologia da CAPES aprovada em concurso, na seleção de 1997, mesmo ano em que concluiu o curso de psicologia na Universidade de Brasília (UnB). Desde então, conheceu a CAPES de forma abrangente, tendo desempenhado tarefas nas Diretorias de Gestão (DGES), Programas e Bolsas no País (DPB), Relações Internacionais (DRI) e Formação de Professores da Educação Básica (DEB).
Entre 2003 e 2013, Pedro cursou mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Nos dois níveis de formação, desenvolveu pesquisas sobre os impactos dos estágios pós-doutorais fomentados pela CAPES nos programas de pós-graduação brasileiros. A originalidade de seu trabalho resultou na publicação de artigos em revistas de alto conceito.
Uma das principais bandeiras de Pedro Roma era a necessidade de uma avaliação crítica dos impactos e resultados dos programas empreendidos pela CAPES, a ser realizada dentro da própria Fundação. Para além do trabalho sério e comprometido, fica também lembrança de seu bom humor, que trazia mais leveza ao ambiente de trabalho.
Breve memorial – servidores de diversas áreas enviaram depoimentos em memória de Pedro Roma:
“Pedro, são mais de 20 anos de convivência desde que você chegou aqui na CAPES, tão jovem e cheio de planos. Está sendo terrivelmente triste a sua partida. Sei que somos egoístas, estamos acostumados com a partida de pessoas mais velhas, vividas, que já realizaram seu sonho e construíram um destino. Mas alguém como você, jovem, cheio de vida e sonhos, não é fácil aceitar. Sei que não tinha pressa, tudo era a seu tempo. Agora você teve pressa para partir, foi-se cedo demais. Só posso pedir a Deus que descanse em paz. Muita luz em sua caminhada na espiritualidade.”
Zena Martins
“Pedro e eu fizemos o primeiro concurso público para ingressar na CAPES. Trabalhei com ele em duas diretorias. Lutamos juntos por nossas licenças para fazermos doutorado. Ele era simpático, estudioso, inteligente, batalhador. Sempre me incentivava a publicar artigos e a fazer o pós-doutorado, aliás, tema de sua tese. Guardo só boas lembranças, sentirei sua falta.”
Rose Cleide Mendes Monteiro
“Estou muito triste pela passagem de meu amigo, mas sei que ele está bem. Eu, Eloisa e o Pedro entramos na CAPES no mesmo dia, em 1º de julho de 1998. Ele tinha apenas 24 anos, era o primeiro emprego dele. Pedro tem uma história de vida de superação e muita inteligência. Naquela época, mesmo com pouca idade, demonstrou qualidade em seu trabalho, apresentando um método inovador na prestação de contas. Isso foi objeto de elogios do então Diretor de Administração, Luís Horta, enviado para o e-mail de toda a CAPES. Penso que o aplicativo que ele criou foi o embrião do modelo que temos hoje. Ele era uma pessoa possuidora de muita resiliência e generosidade. Lembrarei dele com carinho!
Joana Ribeiro de Abreu
“A lembrança mais forte que tenho de Pedro é de acolhida e afeto, desde o primeiro dia em que estive na CAPES e nos encontramos no RH. Nunca trabalhamos no mesmo setor, mas isso não foi impedimento para trocarmos histórias sobre nossas origens, interesses acadêmicos e visões de mundo. Nem sempre concordávamos, mas sempre terminávamos a conversa melhores do que antes. Profissional dedicado e que tinha orgulho em fazer parte da CAPES. Vai deixar muitas saudades. Ficam as lembranças e a certeza de que está no lugar reservado por Deus às pessoas de boa índole e que praticam o bem.”
Valdinei Costa Souza
“Pedro me ensinou a sempre buscar novas ideias. Se pudesse descrever o Pedro numa palavra, seria ‘redescobrimento’. Ele sempre se redescobria, buscava novos caminhos, novas ideias e novas teorias para defender. Redescobrimento intelectual e emocional. Quem não conhecia Pedro de perto poderia até achá-lo peculiar, mas depois de conhecê-lo, fica a lembrança de alguém divertido e que não tinha medo do novo.”
Flávio Geovanni Vieira e Silva
“A partida do colega Pedro Roma é mais uma tristeza que passamos nesses quase dois anos de pandemia. Lembro do Pedro sempre com bom humor e inteligência. Tive mais contato com ele quando foi ‘respondente SIC’ de uma das diretorias da CAPES. Terei sempre as lembranças das conversas descontraídas no elevador e no caminho para a Rodoviária... Envio trecho de um texto em homenagem ao nosso querido colega:
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. (GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. Porto Alegre: L&PM, 1995).
“Descanse em paz, Pedro!”
Fabiana Santos Pereira
“Pedro foi um grande amigo, também um parceiro de questões de natureza acadêmica. Trabalhamos juntos na prestação de contas da CAPES de 1999 a 2003. Nessa época, Pedro desenvolveu um instrumental para o maior programa da Fundação até então, o PROAP, um sistema de prestação de contas sofisticado, de autoria dele. Publicamos conjuntamente um artigo como fruto desse trabalho. É importante lembrar como Pedro Marcos foi um servidor que ajudou de sobremaneira o trabalho de gestão na CAPES. Rapaz muito inteligente e colaborativo. Que Deus guarde e receba com o maior carinho esse nosso amigo.”
Luiz Lira