A emoção do último dia de trabalho
Colegas da CAPES se despedem de Márcio da Silva Amaro, que deixa o cargo de vigilante após 12 anos.
Entre apertos de mão e abraços fortes. Foi assim o último dia de trabalho de Márcio da Silva Amaro, na função de vigilante, depois de 12 anos de serviços prestados à CAPES. Durante pouco mais de 30 minutos em que a equipe da CGCOM aguardou na entrada da garagem da sede da Fundação, dezenas de servidores e colaboradores pararam o carro, ou foram a pé mesmo, despedir-se de Márcio.
“No começo foi difícil. Não queria ser vigilante, não tinha experiência. Mas aqui é um lugar maravilhoso para se trabalhar. A educação das pessoas deste lugar me marcou.” lembra, emocionado.
Elba Jane Pereira, coordenadora geral de recursos logísticos, fez questão de ir dar seu abraço. “O trabalho deles (todos os vigilantes) é muito importante. Segurança de patrimônio, das pessoas, é um trabalho delicado. E ele sempre teve um relacionamento bom com todos aqui”, afirma.
Vilson Santos, coordenador de infraestrutura do edifício da CAPES é mais um que enaltece a estilo do funcionário. “Uma pessoa muito tranquila, agradável. Nunca tive um problema quanto à postura dele. Desejo toda sorte para ele.”, declarou.
Conhecido pela fala calma, Márcio também tem o lado motivador. É o que ressalta Raphael Drumond, da CGGOV, de quem ficou amigo jogando futebol “Teve um jogo que perdemos de 8x1. Ele que fez o nosso gol. No fim, ele ficava elogiando a gente, falando do gol que fizemos. E nem comentava os oito que tomamos”, rememora Drumond.
Companheiro desde o primeiro dia de trabalho, o vigilante André dos Santos lembra das histórias que passaram juntos e enaltece a atenção dele durante o serviço. “Difícil vê-lo sentado. Sempre em QAP (termo usado para quem está sempre em pé, atento)”. Ele ressalta ainda a postura do colega. “Tem o serviço operacional. Mas tem o jogo de cintura, também. Com o jeito dele, ajudou, inclusive, a organizar as vagas. Ele deixa um legado. Vamos perder muito com a saída dele.”
Márcio deixa o cargo para cumprir uma promessa que fez à esposa logo que se casaram: quando ele completasse 50 anos, o casal se mudaria para a cidade dela, Assunção-PB. Em junho do ano passado Márcio se tornou quinquagenário e agora está honrando o trato.
Entre cumprimentos, muitos sorrisos e algumas lágrimas, fica a certeza da missão cumprida, das boas memórias e das amizades. “Estou realizado. Uma experiência diferente. Fiz muitos amigos. A presidente Mercedes, quando chegou, desceu do carro me deu um abraço. Estou muito emocionado, agradecido”, conta Márcio Amaro. Mais tarde, a professora Mercedes Bustamante o chamou ao gabinete da CAPES para lhe dar um presente de despedida, e adicionar mais uma lembrança à sua caixa de saudades.