Logomarca: a CAPES representada em um átomo
A logomarca da CAPES parece ser um desses casos de sucesso em que conceito e instituição se fundem em uma imagem icônica. Reproduzida nas centenas de milhares de trabalhos e eventos apoiados pela CAPES, a logomarca do átomo se converteu em um símbolo rapidamente associado à nossa Fundação. Mas você sabe a origem desse desenho?
A escolha da logomarca foi objeto de um concurso público lançado em maio de 1992, por Sandoval Carneiro Júnior, coordenador-geral na época. Em janeiro daquele ano a CAPES havia se transformado em uma Fundação de Direito Público e a escolha de uma nova identidade visual precisava refletir essa nova autonomia.
O tema do concurso foi definido como ‘A CAPES como órgão de fomento à pós-graduação’. o vencedor foi o Estúdio Apollo, com a icônica imagem do átomo, ainda em versão mais fina e em cores ligeiramente diferentes das que são usadas hoje. Em anos recentes, a logomarca passou por algumas adaptações, mas sempre respeitando o princípio do projeto do átomo. E você, o que acha da nossa logomarca?
Conceito
Na internet não há mais informações sobre o Estúdio Apollo, mas o Arquivo da CAPES preservou o documento em que o idealizador do projeto explica o seu conceito e a busca por originalidade. “Em todos os momentos, foi evitado qualquer tipo de clichê, para assim garantir a individualidade da CAPES através de um visual original e inovador sem, no entanto, perder a elegância e respeito que uma instituição de fins tão nobres merece”.
A logo tinha como objetivo “refletir graficamente a dinâmica do processo de estímulo à formação de indivíduos altamente qualificados, necessários à consolidação da modernidade do País”. Segundo o documento, o conceito básico é “comunicar a ideia de um núcleo que tem inerente a si a dinâmica do fomento e a formação de indivíduos altamente qualificados. Esta dinâmica de expansão a novas fronteiras do conhecimento é refletida no grafismo que circunda o núcleo”.
O documento também explica a ênfase no desenho mais do que nas letras ou grafismos do nome da Fundação. “Como a CAPES é uma instituição que atua também a nível internacional, foi evitada uma solução totalmente tipográfica, já que uma marca como a desenvolvida neste projeto tem a capacidade de ser reconhecida e memorizada, independente de um alfabeto relacionado a qualquer língua. Em outras palavras, a marca pode ser reconhecida igualmente no Japão, na Suécia ou no Canadá, por exemplo”.